28 maio 2014

Dependência Química: A busca pela libertação

Hoje no Brasil, se vive uma realidade nem um pouco agradável, infelizmente no país atualmente existe cerca de 18 milhões de dependentes químicos e pelo menos 28 milhões em media vive com um usuário. Uma realidade assombrosa e muito preocupante, pois muitos dos usuários são simplesmente excluídos da sociedade, tornando mais difícil a tentativa de tratamento. No país existe cerca de duas mil clinicas de reabilitação, a maioria conta com um tratamento caro e longe da realidade financeira da família do usuário, outras porem sobrevivem de doações e trabalho voluntario de dependentes que conseguiram recuperar sua dignidade e autoestima. Muitas das instituições são ligadas a religião, como o espiritismo, o protestantismo e também pelo catolicismo, todos utilizam da palavra de Deus para inspirar e recuperar os dependentes químicos. É muito interessante ver o quanto é gratificante para clinica ver que um residente conseguiu se reerguer e também ver o quanto ex usuário trabalha com uma determinação para a casa que ajudou em sua reabilitação As clinicas de reabilitação são casa de apoio que trabalha como forma tentar a amenizar a dor das famílias que sofrem com usuários de drogas. A Instituição Manasses, que a 16 anos trabalha com dependentes químicos, com uma filosofia de ajudar a quem busca por conta própria a libertação do vicio, com mais de 30 instituições espalhadas pelo país, surgiu na cidade de Mairiporã no interior de São Paulo.
O ingresso do dependente químico no instituto é feito através de uma triagem, na qual o candidato passa por um processo pra saber se ele esta ali por vontade própria ou imposição da família, pois na casa só pode ingressar se ele for voluntario, é preciso também que um membro da família esteja presente para que possa responder. Por ser um centro de reabilitação gratuito, nenhum candidato será forçado ao tratamento. 100% dos residentes do instituto são voluntários que buscaram a libertação por livre espontânea vontade.
O tratamento leva no mínimo 9 meses de acordo com o estatuto da instituição, e pelo residente ser voluntario, ele não é obrigado a ficar todo esse período como também não é forçado a sair ao termino do tratamento. Durante o processo que é realizado por meio de métodos espirituais, pregando o evangelho, porem não há na casa uma religião especifica. Outros métodos são a da terapia ocupacional, na qual o residente ajuda na limpeza e na cozinha, disciplina e o trabalho, que são os materiais que eles divulgam em coletivos e palestras. A maior parte do tratamento é externa, num trabalho de reintegração social, no qual eles divulgam o telefone e o endereço da instituição em coletivos, escolas, igrejas e palestras, eles aprendem a lidar com a realidade, passam por onde tem as drogas e tentam resistir ao vicio. É dividido o tratamento em duas fases.
Na primeira fase que são de 17 dias, depois da triagem o candidato vai para outra instituição em outro estado e ficam dentro da casa sem contato com nenhum familiar ou conhecido, o tempo inteiro ele realiza a terapia ocupacional. Na segunda fase é o processo de reintegração, que é o trabalho externo, aprendem a lidar com a sociedade, a lidar com o dinheiro, com as pessoas, a dizer não e também ouvir o não. A estudante de jornalismo da faculdade anhanguera Gabrela Ribeiro Leão entrevistou um dos residentes, Hugo Leonardo Marques de Ávila coordenador geral , que trabalha voluntariamente no Instituto Manasses a pelo menos 7 anos diz que as maiores dificuldades do residente no inicio do tratamento é admitir que tem uma doença, posteriormente é conseguir vencer o habito do dependente químico de manipular a si mesmo, porque ele consegue manipular, tanto quem esta a sua volta quanto a própria pessoa. Eles também no principio não aceitam o método querem fazer do jeito deles. “Nem sempre o dependente químico é bandido, a maioria são de boa família, são trabalhadores que infelizmente usam drogas.”diz o entrevistado. A maioria dos colaboradores da instituição já foi um dependente químico, que por gratidão depois do tratamento, se capacitaram para o trabalho com os residentes assim como o próprio entrevistado, que a 7 anos atrás conheceu a casa através de seu irmão, e por vontade própria aceitou realizar o tratamento. Ele nos conta que a verdade é que a dependência química não tem cura, é uma doença incurável progressiva e fatal, mais acreditam em uma libertação espiritual.
“A libertação é uma constante luta contra as drogas, é tentar ser forte todos os dias e resistir ao vicio.” Quem tiver interesse em conhecer mais sobre a clinica clique aqui. Observação: Não se pode tirar fotos lá na instituição, então as imagens foram retiradas do site http://www.instituicaomanasses.com.br/.

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